terça-feira, 21 de agosto de 2007

Jovens imitam vilões de novela, diz estudo

Pesquisa britânica afirma que TV glamouriza o mau-caráter, tornando-o atraente para adolescentes

MAXINE FRITHDO "INDEPENDENT" Personagens de caráter duvidoso e cenas de bate-boca em novelas de televisão estão levando os adolescentes a copiar esse comportamento agressivo em suas vidas pessoais, afirma um estudo britânico divulgado ontem.Uma nova pesquisa demonstra que as crianças que assistem a cenas de agressão indireta e não-violenta na televisão têm maior probabilidade de exibir comportamento semelhante no futuro.Há temores de que a insistência em retratar na televisão personagens populares que se dão bem espalhando boatos, queixando-se de colegas ou recorrendo à intimidação emocional possa levar a um aumento na incidência de comportamento agressivo nas escolas.Sarah Coine, da Universidade de Central Lancashire, conduziu uma série de estudos sobre as imagens de agressão indireta tais como retratadas na televisão e o impacto que exercem sobre os adolescentes.Suas conclusões, apresentadas ontem durante a conferência anual da Sociedade Psicológica Britânica, somam-se aos indícios cada vez mais numerosos de que a violência nos filmes estimula mais agressão na vida real.Traição e boatosCoine assistiu a mais de 250 horas de 29 programas de grande audiência na televisão britânica, entre os quais os seriados "EastEnders", "Coronation Street", "Emmerdale" e "Friends".Ela constatou que 92% dos programas optam por cenas de agressão indireta, tais como personagens espalhando boatos, falando pelas costas de seus amigos e colegas ou traindo um amigo em benefício próprio."Emmerdale", há mais de 30 anos no ar retratando a vida num vilarejo no interior do Reino Unido, exibiu os piores resultados em termos de conteúdo de cenas de agressão indireta, com em média 15 dessas cenas por hora."EastEnders", popular novela que mostra o cotidiano de um bairro operário de Londres, e "Coronation Street", o mais antigo seriado da TV britânica e que já teve participação até do príncipe Charles, ostentam níveis semelhantes.Mulheres agressivasMais de dois terços das cenas mostram personagens femininos se comportando de maneira agressiva.Em outro estudo, Coine mostrou a adolescentes filmes com cenas nas quais os personagens se comportavam de maneira agressiva, embora sem agressão física.Quando comparado a crianças que não assistiram a esses filmes, o grupo de participantes do teste exibiu comportamento de agressão indireta muito mais intenso, imediatamente depois de assistir às cenas.Vilões bonitosCoine disse considerar essa tendência "muito preocupante, dada a presença elevada de agressão indireta na televisão hoje. É absolutamente constante, incansável -a TV norte-americana exibe muito mais violência física, mas os programas britânicos contêm muita agressão indireta", afirmou."A forma pela qual a agressão indireta vem sendo retratada é especialmente preocupante porque são muitas vezes os personagens mais bonitos e populares que recorrem a esse comportamento, o qual os produtores exibem como justificado e digno de recompensa", disse.Ela acrescentou que "esses personagens servem de modelo às crianças, porque estas vêem o tipo de comportamento que eles exibem sendo recompensado"."Espalhar um boato sobre alguém evidentemente não é tão sério quanto estourar a cabeça de uma pessoa a tiros, mas o nível de incidência de imagens de agressão indireta na TV causa, como demonstram os estudos, uma maior incidência de agressão na vida real", disse."Acredito que devamos realmente investigar essa questão mais a fundo, bem como a questão mais ampla da violência na televisão como um todo", afirmou.Coine concluiu também que, embora a agressão indireta seja o mais das vezes retratada na televisão por personagens femininos, telespectadores adolescentes dos dois sexos julgam as mulheres que demonstram esse tipo de agressividade com muito mais severidade do que julgam os homens culpados da mesma falha.Simpatia masculinaQuando os adolescentes assistiram a filmes em que personagens masculinos e femininos exibiam agressão indireta, demonstraram mais simpatia para com os homens, vendo seu comportamento como mais justificado.Coine disse que, "aparentemente, os velhos estereótipos continuam a existir, na medida em que a agressividade, mesmo que não violenta, é vista como muito mais justificada no caso dos homens do que no das mulheres".A preocupação com a maneira pela qual a violência é retratada na televisão vem crescendo nos últimos anos. A Ofcom, uma nova agência reguladora britânica, vai investigar o nível de violência e agressão na TV do Reino Unido.Os especialistas continuam divididos quanto ao possível impacto das cenas de violência sobre as crianças que as assistam.Diversos processos judiciais foram abertos nos Estados Unidos sob a alegação de que filmes e videogames violentos haviam levado crianças a praticar assassinatos, embora nenhuma das ações tenha saído vitoriosa até agora.Coine diz não acreditar que "a maioria das crianças assista a um filme em que alguém atinge outra pessoa com um tiro e repita esse exemplo". "Mas creio que as cenas possam estimular a hostilidade e a agressão em seu temperamento", disse. "A agressão indireta pode ter enorme impacto sobre a maneira de pensar dessas criança

O papel social da propaganda

Daniele Madureira

Agências começam a despertar para o impacto das mensagens publicitárias na sociedade, pressionadas pelo movimento da responsabilidade empresarial

Publicado no Meio e Mensagem
www.abap.com.br/noticias/papelsocialpropaganda.htm

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Qual o legado social dos jogos Pan americanos?


No último dia 24 de julho o Observatório de Favelas apresentou o “Diagnóstico Social e Esportivo de 53 favelas do Rio de Janeiro”, realizado através de um convênio com o Minstério do Esporte. Este relatório é resultado da primeira fase do Projeto Legado Social dos Jogos Pan-Americanos 2007.


Em recente enquete realizada no último boletim do Observatório de Favelas, foi perguntado aos se os Jogos Pan-americanos trariam benefícios para as favelas cariocas. A maioria, 82%, não acredita que os Jogos vão beneficiar de alguma forma os espaços populares. Para um deles, “o que poderia ser um evento de inclusão social tornou-se sim mais um evento que demonstra a discriminação e a desigualdade social”.


veja mais em

JOVEMOVIMENTO:Capacitações ensinam jovens a monitorar políticas públicas de prevenção de violência


Garantir aos jovens de diferentes regiões do Brasil o direito a uma vida livre de violência. Esse é o objetivo do JovEMovimento, um projeto que está sendo implementado simultaneamente em quatro cidades, envolvendo o trabalho do Promundo (Rio de Janeiro), Instituto Papai (Recife), Grupo Atitude (Brasília) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (Chapecó). Para alcançar esse objetivo, os jovens recebem capacitação para o desenvolvimento de campanhas e para o monitoramento de políticas públicas em prevenção de violência.


veja mais:

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Especialista associa sucesso do etanol à pressão sobre cortador

O etanol brasileiro extraído da cana-de-açúcar vem despontando no mercado internacional com preços atraentes não apenas pela eficiência da tecnologia utilizada, mas também por causa da pressão salarial sobre os trabalhadores da base da cadeia produtiva. A avaliação é do engenheiro de produção Paulo José Adissi, professor Universidade Federal da Paraíba (UFPB). "Essa maravilha de que o etanol brasileiro é ótimo, é barato, não é só por tecnologia física, é também uma tecnologia social, que extrai o sangue das pessoas", resume o especialista em exaustão no trabalho.

http://mercadoetico.terra.com.br/noticias.view.php?id=736

Apocalípticos e integrados, os pedagogos da mídia

Quando se trata da relação entre a mídia e o homem no meio social, em qualquer um de seus contextos, a discussão se torna polêmica. Um agravante é adicionado quando o foco reside na influência exercida sobre as crianças.

www.canaldaimprensa.com.br/