quinta-feira, 29 de março de 2007

Você sabia que é lei?


COLETA SELETIVA NO RIO


A grande preocupação com a preservação do meio ambiente, a manutenção dos recursos naturais e a colaboração da população através do exercício da cidadania foram algumas razões que levaram a Comlurb a implementar a coleta seletiva de lixo na cidade. Desde 04 de fevereiro de 2002, começou oficialmente o programa de coleta seletiva do Rio de Janeiro, fazendo finalmente cumprir o que está estabelecido na Lei Municipal de Limpeza Urbana, no. 3.273, de 06 de setembro de 2001, que prevê aos infratores multas que variam de R$50,00 a R$2.000,00.

No caso dos condomínios, as multas serão cobradas do edifício e rateadas entre os condôminos, cabendo ao síndico instruir e orientar todos os condôminos. O ideal é que todos os moradores façam a separação do material reciclável em suas residências antes mesmo de levá-lo à lixeira do prédio.
Tipos de Lixo:
Lixo Reciclável,
Lixo Orgânico,
Lixo Altamente Poluente e Não Reciclável.


Classificação do Lixo Reciclável:

¦METAIS(containeres amarelos): latas em geral, peças de alumínio e cobre, fios e pequenas sucatas.
¦PAPÉIS(containeres azuis): jornais e revistas, cadernos e folhas, papeis de escritório e laminados, sacos e embalagens de papelão.
¦PLÁSTICO(containeres vermelhos): garrafas e frascos, brinquedos, sacos, sacolas, potes, tampas, embalagens desmontadas e utensílios domésticos.
¦VIDROS(containeres verdes): garrafas, frascos em geral, potes, copos inteiros ou quebrados.


Todo este material reciclável deve estar limpo e seco, e pode ser colocado num único saco plástico.

Classificação do Lixo Orgânico
¦ORGÂNICOS(containeres laranjas): restos de comida, frutas, legumes, verduras, borras de café, fezes de animais e pequenos animais mortos.

Classificação do Lixo Altamente Poluente e Não Recicláveis:
Latas de aerossol e de tinta, pilhas não alcalinas, latas de pesticidas e inseticidas, papeis carbono, celofane, vegetal e de fax, assim como espuma, fralda, isopor, acrílico, adesivos, espelhos, louças, lâmpadas e cristais.

Como separar o lixo dentro de cada residência?
Cada residência deverá ter:
Um recipiente para lixo seco (material reciclável);
Um recipiente para o lixo orgânico, como resto de comida, frutas, legumes, verduras, borra de café, fezes de animais e pequenos animais mortos;
Um terceiro recipiente para as latas de aerossol e de tinta, pilhas não alcalinas, latas de pesticidas e inseticidas, papeis carbono, celofane, vegetal e de fax, assim como espuma, fralda, isopor, acrílico, adesivos, espelhos, louças, lâmpadas e cristais que não são materiais recicláveis. Não podem, portanto, ser colocadas no mesmo saco de lixo seco, do material a ser reciclado, nem tão pouco no saco de lixo orgânico.

Como cada condomínio deverá separar o lixo?
Os edifícios e condomínios não precisam ter todos os containeres coloridos.
Os funcionários de cada edifício deverão separar o lixo recolhido dos apartamentos em três containeres:
Container para o lixo seco (reciclável);
Container para o lixo orgânico;
Container para o lixo não reciclável (altamente poluente).
Os caminhões da Comlurb não têm separações para todos os tipos de lixo. Por esta razão, passarão uma vez por semana para recolher somente o lixo seco (reciclável) e o lixo não reciclável (altamente poluente).
Nos demais dias, o caminhão da Comlurb passará como de costume para retirar o lixo orgânico.
É fundamental que o trabalho comece na fonte geradora de lixo, isto é, nas residências. Em seguida os funcionários dos condomínios deverão estar instruídos a separar devidamente o lixo para entregá-lo a Comlurb. A maior parte do lixo da cidade é gerada pelos domicílios (4 mil toneladas/dia), sendo 80% materiais orgânicos e 20% lixo seco e reciclável. O material reciclável coletado segue para o Centro de Separação de Reciclagem, em Botafogo, onde é separado, empacotado e vendido para industrias. O lixo reciclável não vai para o aterro sanitário do município, o que reduz a poluição, garantindo a preservação do meio ambiente. Somente o lixo orgânico irá para o aterro sanitário. Há também os aspectos sociais do programa, que empregará no Centro de Separação de Reciclagem pessoas ligadas à Associação de Catadores. O lucro será rateado entre eles. O telefone da Central de Atendimento da Comlurb é 2204-999.



Veja mais em

quarta-feira, 28 de março de 2007

terça-feira, 27 de março de 2007

Seis aninhos


Dia 26 de março foi dia de festa para o Estúdio Metara. E claro não podia faltar a comemoração especial, regada a comida Japonesa. Funcionários e colaboradores do estúdio brindaram e comemoraram mais um ano de prosperidade da empresa, que caminha cheia de planos e grandes perspectivas para 2007.


Parabéns Metara e boa sorte!




sexta-feira, 23 de março de 2007

Brasil é exemplo na gestão pública da água, diz ONG britânica

O gerenciamento de água e esgoto feito pelo setor público em quatro municípios do Brasil é citado como exemplo e inspiração por uma ONG do Reino Unido em um relatório divulgado nesta quinta-feira (22).

Veja mais em: http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=30212

quinta-feira, 22 de março de 2007

Meios de comunicação e espaços populares

Jailson de Souza e Silva 14.07.2004

Uma capa da revista Veja me acompanha há anos: ao lado da manchete "A periferia cerca a cidade", a imagem na qual construções de alvenaria, em cor escura – remetendo à visão de formigas saúvas em movimento –, vão devorando prédios brancos e limpos. O exemplo é ilustrativo do temor, atávico em amplos setores sociais do Rio de Janeiro e de outras metrópoles, de que o morro desça e a cidade seja dominada pelo caos.
O conflito entre traficantes de drogas, denominado pela imprensa como "Guerra da Rocinha", ocorrido no Rio de Janeiro em abril/2004, corrobora esta assertiva: em primeiro lugar, a morte de uma motorista que passava de carro na ocasião do conflito teve muito mais destaque e desdobramento do que a morte de outras duas pessoas, na mesma ocasião. A diferença é que ambas moravam na própria Rocinha.
Além disso, um conjunto expressivo de articulistas e leitores expressou clara postura de criminalização dos moradores da favela, localizada no espaço mais valorizado da cidade, pela violência entre os grupos traficantes. Eles reivindicavam o "direito de ir e vir" dos moradores da "cidade" – território no qual não se inclui a favela – e questionavam o direito de existência da comunidade popular no local onde se constituiu há mais de 70 anos.
Situações como essas são exemplares do papel que a grande mídia tem exercido no sentido de instituir/reproduzir uma determinada representação dos espaços populares. A lógica pressuposta que caracteriza, de forma consciente ou não, a percepção dos setores sociais hegemônicos nos grandes meios de comunicação é de que o direito ao exercício da cidadania não é inerente ao nascimento do indivíduo no Estado-nação, conforme define a Constituição brasileira.
O reconhecimento da cidadania é relativizado de acordo com a cor da pele, o nível de escolaridade, a faixa salarial e/ou o espaço de moradia dos residentes na cidade. O juízo se expressa, de forma particular, no menor ou maior grau de tolerância com as diferentes manifestações de violência, de acordo com o alvo da agressão e não com o ato em si.
Um outro exemplo do tratamento concedido aos pobres na grande mídia, em particular aos jovens, é bem expresso pelo trecho de uma reportagem do principal jornal carioca:
Principal alvo da violência urbana, jovens de comunidades carentes começam a encontrar em escolas dos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco a oportunidade de se afastar das drogas e do crime (O Globo, 08/04/01).
O juízo subjacente à citação é de que todos os jovens da periferia são potencialmente criminosos e, por isso, precisariam ter o seu tempo ocupado – sem importar muito como – a fim de não seguirem o caminho da criminalidade. O fato de existirem tão poucas pessoas, proporcionalmente falando, envolvidas com atos criminosos no Rio de Janeiro – considerando-se as precárias condições de vida da população, historicamente – não é levado em conta na afirmação do discurso.
A estereotipia dos espaços favelados se faz presente não só na forma conservadora acima apontada como em uma forma pretensamente progressista. Na primeira forma, os moradores aparecem como criminosos em potencial e/ou como colaboradores de forças criminosas.
Na representação progressista, os residentes em favelas, há algumas décadas, eram identificados por alguns setores sociais como bons favelados. O juízo estabelecia uma analogia com a visão romântica do bom selvagem, símbolo antimoderno de uma cidade racional e individualista. Embora essa idealização ainda se faça presente, tornou-se mais comum, dentre os que assumem a perspectiva identificada como progressista, sua identificação como vítimas passivas – e intrinsecamente infelizes – de uma estrutura social injusta.
O que essas práticas expressam, na verdade, é a (re)afirmação de uma lógica individualizada no processo de resolução das demandas sociais, postura que dificulta a superação das dificuldades cotidianas presentes nos espaços populares. A justificativa social de atos criminosos e/ou que violam os direitos da coletividade sustenta-se, também, em uma visão monolítica das práticas afirmadas nos espaços populares, desconhecendo-se as múltiplas redes sociais neles presentes. Assim, a estereotipia progressista revela-se incapaz de oferecer alternativas ao discurso conservador, e é tão discriminatória quanto este.
Sustentadas nesses tipos de representação, as intervenções institucionais encaminhadas nas favelas, em sua maioria – tanto do poder público como das acadêmicas –, caracterizaram-se pela ignorância e/ou idealização das estratégias, criativas, complexas e heterogêneas, efetivadas pelos atores locais no sentido de melhorarem sua qualidade de vida.
As intervenções, em geral, desconheceram – ou mitificaram – os mecanismos de sociabilidade; de circulação na sociedade formal; de intervenção na vida pública; de compreensão das relações sociais, nos seus mais variados níveis; e, para não ser exaustivo, de interpretação das próprias situações de (sobre)vivência que os moradores foram produzindo historicamente. E, quando o fizeram, terminaram por isolar esse lugar do espaço urbano que ele também constitui. Com isso, terminaram por se apropriar e/ou apresentar tais vivências como se os cidadãos locais, seus vizinhos, fossem nativos. A exotização foi, mais do que uma prática metodológica. Foi uma prática social.
Os dois discursos, muito comuns nos meios de comunicação, ignoram a multiplicidade e diversidade de ações objetivas encaminhadas por diferentes atores dos espaços populares no processo de enfrentamento dos limites sociais e pessoais de suas existências. Os moradores das favelas, com efeito, não analisam suas vidas apenas a partir das noções de ausência e/ou negação. Da mesma forma, não reconhecem a violência existente em seu cotidiano de modo semelhante à concebida pela maioria dos setores dominantes e médios. Eles levam em conta também os aspectos afirmativos, integrantes de sua cotidianidade.
Logo, a construção de outra representação das favelas, que possa se manifestar na mídia, faz-se necessária. Ela deve pressupor que os moradores dos espaços populares desenvolvem formas ativas e contrastantes para enfrentar suas dificuldades do dia-a-dia, de acordo com suas trajetórias pessoais e coletivas, as características socioculturais e geográficas da localidade, o peso do tráfico de drogas e a postura assumida pelos dirigentes das entidades comunitárias, dentre outras variáveis. Afinal, as pessoas inventam múltiplos mecanismos para ter uma vida cotidiana mais feliz e intensa, em um quadro de dificuldades que não é ignorado, mas enfrentado de forma criativa e, sem dúvida, muitas vezes, sofrida.
Na verdade, a superação dos evidentes limites presentes nas condições de vida dos grupos sociais populares só ocorrerá quando forem reconhecidas as múltiplas riquezas presentes em seu cotidiano. E isso só será feito no processo de constituição de uma nova hegemonia no campo dos meios de comunicação de massa. O caminho é longo, mas a caminhada já começou, há muito tempo, e continua.

CONSUMO, LOGO EXISTO - Frei Betto

[txt interessante q o Marcelo Pinto enviou. Dá pra criar um gancho pra uma discussão sobre o papel do designer nesse mundo de necessidades 'desnecessarias']

Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse.
O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.

É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.

A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.

Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens". Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é quedeterminam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.

Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígine cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?

Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela...

Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.

Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc.

Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.

Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maior que a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói." E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.

Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".

Rio tenta conter degradação da água


No Dia Mundial da Água, comemorado neste dia 22 de março, o Rio de Janeiro ganhou uma área de proteçao ambiental (APA) para proteger sua principal fonte de abastecimento: o Rio Gandu.

Veja mais em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/03/22/295039718.asp

Oi Futuro abre inscrições para o apoio a projetos sociais

A partir do dia 20 de março, o Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi e ex-Instituto Telemar, abre as inscrições para o “Novos Brasis”, programa de apoio e parceria com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de idéias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.

Veja mais em http://www.agenciasocial.com.br/noticias_integra.asp?idNoticia=1593

segunda-feira, 19 de março de 2007

www.estudiometara.com.br